Não sei se dá para matar
zumbis, uma vez que eles já estão mortos, mas deixemos essas picuinhas de lado.
O que importa é que, após mil e uma dificuldades, cheguei a Arena Final!
Dei cabo do Necromante, recuperei a última parte da Mascara e, então, ELE
apareceu…
Ele, Zolbek, o
traidor! O cara me manipulou o tempo todo e me fez lembrar de um pequeno
detalhe que ele havia obscurecido em minha mente: quem matou minha esposa fui
eu mesmo!
Zolbek tomou a
máscara de mim, eu estava catatônico com a revelação e sequer considerei a
hipótese de lutar. Desde o início da saga, fui coletando itens e mais itens de
magia negra, sempre guiado por Zolbek. Fui me tornando uma máquina de matar
fria e sanguinária, tudo isso achando que era para trazer de volta a mulher que
eu mesmo havia decepado a cabeça com um machadão. Zolbek ia se dando bem, mas
então surgiu uma Voz vinda de Baixo e ELE apareceu…
Ele, Lucífer, o Rei
dos Anjos! Aquele que estava por trás de tudo.
A Máscara permite
trazer alguém de volta dos céus, mas é, claro, um caminho de mão-dupla: se
alguém pode sair, alguém também pode entrar… E Lucífer estava muito ansioso
para voltar ao Paraíso e acertar umas contas com seu Criador.
Zolbek não deu nem
para o cheiro! Pegou fogo de imediato e sumiu de vista. Restava, entre Lucífer
e o paraíso, EU!
Foi uma luta
difícil. Antes de eu entender o que era necessário para derrotar o Veneno de
Deus, passei quase meia hora lutando em vão, sem sequer arranhar a barra de
vida do vilão-número-um. Finalmente, consegui mandar o capeta de volta para o
andar de baixo e fiquei com a Máscara.
Nesse ponto, minha
falecida esposa surgiu na forma de um Fantasma e levou a Máscara para o Céu,
seu lugar de direito. Fiquei na terra, desolado, implorando pelo seu perdão e
condenado por meus crimes a nunca mais poder entrar no Paraíso. Pior, como
eu também não seria bem-vindo nem mesmo no Inferno, fui “condenado” a
imortalidade na Terra.
Epílogo. Nosso dias.
Um monge encapuzado entra numa Igreja abandonada. Quebra selos místicos,
eleva-se no ar até a abobada superior e finalmente encontra a pessoa que veio
procurar. O encapuzado revela sua face… É Zolbek!
- Então foi aqui que
você veio se esconder? – ele fala para mim, que estou sentado em um trono
desses de bispos de igreja, envolto em sombras.
Eu não respondo
nada. Ele prossegue:
- As forças do Mal
novamente se reúnem. Há boatos de que Lucífer planeja outra investida à Terra.
Você precisa me ajudar a detê-lo antes que chegue. Já imaginou o que ele fará
conosco se conseguir se libertar, Gabriel?
Ao ouvir esse nome,
eu finalmente reajo. Saio das sombras e grito:
- Não me chame por
este nome! Eu sou Drácula!
Sim, ele é realmente
Drácula. O guerreiro que, lutando em nome de Deus, cometeu os piores crimes. O
Amante que está para sempre apartado de seu Amor. O miserável rejeitado pela
própria Morte, condenado a vagar pela Terra, sem chance de redenção. Cadê a
Stephanie Meyer para aprender como é a história de um vampiro de verdade?
E, enfim, no próximo
Castlevania, eu (e todos que quiserem) poderei jogar como Gab… Digo, como Drácula,
e defender o mundo da ira de Lucífer. Perfeito!
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